Homosapiêncial

Nós somos o que pensamos. Muito mais do que imaginamos. Muito mais do que supomos. Mais ainda do que sentimos...

2007/01/16

Referendo

A uma mulher com dificuldades na vida é a morte do filho que a sociedade oferece?


Sim___

Não___

48 Comentários:

Blogger Nuno Sal disse...

Esta pergunta a referendar e outras que surgirão, não são de minha autoria.

São recolhidas de um panfleto de associações de cidadãos, pelo Não.

16/1/07 07:18  
Blogger Nuno Sal disse...

A minha resposta é Não.

Mas é exactamente isto que parte da sociedade pretende oferecer.

16/1/07 07:19  
Blogger João Pedro disse...

E tu e os do teu partido o que oferecem em vez disso? Politicas que projudicam os trabalhadores, que os exploram, que os colocam em situações precárias, que lhes proporcionam más condiçoes a todos os níveis, que a única coisa que lhes garantem é o desemprego, vocês e as vossas políticas neoliberais. Já viste que isso é tudo contra aquilo que Deus procurou ensinar!! Não vos compreendo!

16/1/07 11:43  
Blogger Nuno Sal disse...

Em primeiro lugar, ao falares do meu partido, convém referir que não sou do P.S., e relembro que é o P.S. que está no Governo e consequentemente é o P.S. que neste momento não garante essas condições de vida.

Será o P.S. um partido neoliberal?

Depois, misturares política (ou polítiquisses) com a doutrina da Igreja é um pouco complicado.

Como tu sabes, poucos serão os políticos que exercem funções por acreditarem em Cristo. Era bom que assim fosse, mas não é.

Que isso vai contra a doutrina de Deus não é novidade mas como tu sabes o nosso Estado é laico. Não é por culpa da Igreja que o país está da forma que está.

A Igreja tem até um papel importantíssimo no combate às desigualdades sociais, reconhecido por todos.

Por isso peço desculpa mas quem não compreende a associação que fizeste sou eu.

16/1/07 15:36  
Blogger Nuno Sal disse...

Também tenho a dizer que se no referendo ao aborto, em vez de responderes com uma cruz, começares a escrever considerações sobre o estado do país, o voto terá de ser considerado nulo. :)

Obviamente que não é esta questão que vai a referendo, mas a título particular gostava de ficar a conhecer a tua opinião sobre esta pergunta que fiz no blog.

Achas que é esta a solução para as mulheres com dificuldades e que não têm condições para ter um filho?

16/1/07 15:41  
Blogger José Carlos Gomes disse...

A pergunta em referendo é sobre o seguinte:

Concorda que a mulher que faz um aborto deva deixar de ser considerada criminosa? Sim ou não?

Não sei se ainda não percebeste o que está em causa ou se ages apenas de má-fé. Mas para ver se percebes, vou falar mais alto: NÃO ESTÁ EM CAUSA APOIAR OU NÃO O ABORTO, ESTÁ EM CAUSA CONSIDERAR CRIMINOSA OU NÃO A MULHER QUE ABORTA!

16/1/07 15:48  
Anonymous Anónimo disse...

"A Igreja tem até um papel importantíssimo no combate às desigualdades sociais, reconhecido por todos."

Claro, claro... a Igreja até distribui o pão pelos pobres... Até "ouvi dizer" que o Vaticano ía vender meia dúzia de cadeirões de ouro para adquirir bens elementares e distribuir pelos necessitados.

Acredito em Deus!
Agora essa corja da Igreja?!?
Isso é outro Estado... até pedem como se cobrassem impostos...
Na Igreja estão homens e mulheres como outros quaisquer, bons e maus, mas maioritariamente interesseiros, tal como na sociedade em que vivemos!

Quanto à questão que originou o post, só mostra a mesquinhês e a parvoice dos seus adeptos. A resposta a esta questão seria, obviamente "Não". Só que... NÃO É ESTA A PERGUNTA QUE ESTARÁ NO REFERENDO!!!

Os adeptos do Não, continuam a querer enganar a malta sobre o assunto! Esses trapaceiros querem convencer a maralha de que quem é contra o aborto tem que votar contra a despenalização.

Eu também posso inventar umas perguntas sobre isso, por exemplo:

Uma mulher que num momento desgraçado da vida em que se viu encurralada e sem aternativa, tenha achado que a melhor opção para si e para o feto (sim, duvido que haja alguma que não pense no filho) seja fazer um aborto, merece ser presa?

Não temos todos o direito à assistência médica?

Todos agem como se as mulheres fossem um bando de irresponsáveis e que vão fazer abortos a torto e a direito... como se fosse uma decisão tão simples como ir comprar pão!

Normalmente tento imaginar-me na situação dos outros, porque nunca me vi numa destas. Imaginando-me na situação de uma mulher com este problema digo que:

Sou claramente contra o aborto, mas eu acho que também não teria coragem para dar para adopção um filho meu... o que iria acontecer se o tivesse e não houvesse meios? Não sei o que faria... na volta iria ter a criança e passar todas as dificuldades porque jamais iria conseguir abrir mão da criatura. Bem sei que é egoísmo, e chama-lhe o que quiseres... eu ía morrer de desgosto! Na volta se continuasse a insistir fazer-me à vida e não conseguisse dar a volta suicidava-me.
Alguém a ficar com um filho meu que fosse sem eu estar cá para ver!

Achas que isto seria a opção correcta? Na volta não... mas nem ía presa, nem matava ninguém...

16/1/07 16:45  
Blogger Nuno Sal disse...

Zé, começas a perder a compostura... agora já berras e tudo :p

Claro que não está em causa apoiar ou não o aborto. Se assim fosse, ninguém o apoiava.

O que está em causa é um problema da sociedade que todos gostavamos de ver resolvido, certo?

O que esta pergunta procura fazer pensar é se o aborto e a sua DESPENALIZAÇÃO são solução para o problema. Não são (ponto final, parágrafo).

Se não são solução, então servem para quê?

A esquerda defende uma solução que não serve para nada, obriga a mais um referendo, escolhe a pergunta a fazer como bem entende e agora querem obrigar-me a discutir apenas e só aquilo que eles querem ver discutido?!!!


Pois é, é tão simples, em causa esta apenas saber se a mulher deve ou não ir presa por abortar.

De que interessam os direitos do feto?

De que interessa saber se esta sociedade deve por os direitos da mulher à frente dos direitos do feto?

De que interessa exigir uma resposta capaz a este problema?

De que vale a pena lutar por políticas que protejam aquelas mulheres, que apenas por dificuldades económicas, têm de abdicar de dar à luz uma criança?

Para essas (e esta pergunta era apenas para esses casos) a solução apresentada é simples.

Deixam de ir para a cadeia.

Que se foda o resto. Está o assunto resolvido.

16/1/07 17:31  
Blogger Nuno Sal disse...

Quanto à Igreja e o seu fausto, devo dizer-te que isso também me irrita, mas são tantas e tantas as pessoas ligadas à Igreja que praticam o bem e ajudam quem mais precisa...
Milhões de pessoas em todo o Mundo beneficiam desse serviço.

Raquel, eu não quero enganar ninguém. Tenho os leitores deste blog em maior consideração que isso.

Quero discutir o que deveria ser discutido.

Quero falar do que deveria ser falado.

Gostava de ver esta sociedade empenhada em resolver este problema.

Mete-me nojo, as motivações de certas pessoas em relação a este assunto.

Este referendo é uma marioneta nas mãos de alguns pseudo-intelectuais.

Tenho direito a escrever sobre isto, porque não fui eu que pedi este referendo, nem sequer concordo com ele, muito menos com a solução que é apresentada para um assunto tão sério.

Sabes, choca-me ouvir falar disto tudo sem ter em atenção vidas em formação. Pelos vistos sem sequer puder falar deles sem ser acusado de ser trapaceiro.

Choca-me a injustiça feita ao dizer que aquilo dentro do corpo de uma mãe não é nada, nada vale, para nada serve, é um estorvo.

Choca-me ouvir dizer que a mulher tem direito... e de uma criança em formação e os seus direitos ninguém fala.

Termino dizendo que não acho de todo ser egoísmo a tua atitude se te visses em tal situação.

Digo-te que essa seria uma atitude de amor. Não te respondo dizendo que seria a atitude correcta, digo-te antes que seria uma atitude de amor e de responsabilidade.

Posso-te fazer uma pergunta?

Porque és contra o aborto?

16/1/07 17:54  
Anonymous Anónimo disse...

Então propõe a solução para isto!

Qual a solução? Mas a implementar rapidamente, porque as coisas acontecem todos os dias!! Mas não me venham falar de planeamento familiar!!

Com certeza que toda a gente gostava de ter esse pozinho mágico que faria com que de repente a sociedade deixasse de ser má e as mulheres nem precisassem de considerar esta hipótese!

Enquanto não se encontra esse pozinho de prilimpimpim, é enfiar todas as mulheres que se sujeitam a fazer aborto, na cadeia?!

É preciso tomar medidas, mas que medidas? E enquanto não são implementadas? O que se faz?

Às vezes ponho-me a pensar (é, eu às vezes, penso!) e reparo o seguinte:
O povo habitua-se facilmente a pedir satisfações ao Estado... é dinheiro para isto, é dinheiro para aquilo... na agricultura é subsídios porque chove, é porque faz sol, é porque a neve queimou e mais o raio!
Resumindo: o Estado é que tem que garantir que não haja pobreza nem miséria... Bora lá viver à pala do Estado!! É claro que há coisas que é necessário, mas é muito fácil culpar o Estado!!

Por exemplo, eu ando de combóio e vou ouvindo em silencio dizerem as maiores barbaridades (a meu ver, claro está): que o Sócrates isto, que aquilo, que os impostos não sei quê... meus amigos, não há dinheiro!! E quê? O homem teve a coragem de pegar num país que, admirem-se, não tem dinheiro! Gasta mais do que produz!! De quem é a culpa? Por acaso foi o Sócrates que gastou a massa toda? Foi ele que se dedicou a empregar todo o cão e gato na Administração Pública, saturando todos os Departamentos e inventando mais alguns? E agora? O gajo sujere que se despache os cotas para dar colocações a gente nova e... népia... os velhos chiam!! O gajo decide fazer o referendo porque andam a ganir que assim não está bem... chiam!! Se isto fosse uma birra partidária eles decidiam e acabou!! Estão em maioria!! Ou não?

Atenção que eu não gosto nem de política nem de políticos! Não estou a defender ninguém, portanto! Apesar de achar que finalmente há um gajo que faz a malta dos ministérios levantar o rabo das poltronas e sair para a rua fiscalizar!

Eu não curto essas cenas partidárias para se decidir assuntos como este... é uma questão de princípio!!
Respeitar a decisão da mulher não é desrespeitar o possível nascimento de uma criança! É uma opção relativamente ao que temos!

E o que temos é isto: uma sociedade atrasada, em que por vezes as pessoas acabam por cometer crimes (que é a forma como é encarado o aborto), porque ainda pensam o quanto vão ser julgados e discriminados pela sociedade, caso tenham um filho, por exemplo com a idade de 14 anos ou cenas do género.
Não é que eu seja a favor disto, que não sou... mas já imaginaram o que é esta situação?

Sugiram o que se deve fazer... gostava de saber!

16/1/07 18:03  
Anonymous Anónimo disse...

A condição da Vida Humana não pode seguir as modas intelectuais... Irritam-me os pseudo-intelectuais que tudo sabem, que tudo criticam mas que nunca fazem nada... Fartam-se de escrever, mandam umas patacoadas para o ar e depois esboçam um sorriso como quem diz... Eu sou bom!

Por favor, abram os olhos! Ninguém quer condenar as mulheres! Elas têm que ser ajudadas a não cometerem crimes! Sim, porque MATAR é CRIME!

A sociedade tem que ajudar essas mulheres...

Deixo uma pergunta: quantas são as que gostam do bem bom e engravidam e depois querem abortar??? Onde estão os pais dessas crianças???

A solução rápida: Mata-se e pronto!

Num país a envelhecer andamos a facilitar que se mate seres em desenvolvimento???

Quanto à questão da igreja... é uma crítica típica de quem não conhece Jesus Cristo. Apenas olha para os defeitos do homens que constituem a igreja... Mas... hoje em dia a igreja católica não MATA crianças! por outro lado, antes de se falar é preciso saber do que se está a falar. Sabes qual é o montante que a igreja católica dá aos pobres e desprotegidos deste mundo?? Não te vou dizer... Informa-te!

Um abraço para todos pela Vida!

PS=> Salvado, que é isso de falares no meu nome nos teus comentários?? :)

16/1/07 18:38  
Blogger João Pedro disse...

Vamos ser muito sinceros e directos: Acho que uma mulher poderá abortar porque se calhar teve um azar em engravidar e não poderá criar um filho por não ter condições, seja lá porque motivo for pois não nos compete estar a tecer considerações sobre os motivos válidos ou não. Acho que se calhar, muitos defensores do não, nalgumas situações até abortariam se não tivessem essas ditas condições. Acontece que quem é contra o aborto por norma está bem na vida.

A par disto tudo a nós, defensores do SIM, e não sejamos todos hipócritas pois é isto que conta, não temos nenhuma cena tipo feto/vida/ser/bla bla bla bla bla bla. Nós queremos é saber da mãe, do pai, e dos irmãos...

Já vocês é a cena do feto. Não usem outros argumentos. Os NÃO é feto já é vida e tal. Os do SIM não querem saber se é ou não. Mais nada.

E mais esta: à grande maioria nem se interessa se tem 10 semanas, 15 semanas ou 7 meses

Em relação ao meu 1º comentário: Pois, não és do PS. És de quem lá esteve e foi "despedido" tal eram as incompetências!

16/1/07 19:02  
Blogger João Pedro disse...

E mais: Parto já esta merda toda!

:D

16/1/07 19:03  
Anonymous Anónimo disse...

JP, então eu pergunto-te:
para ti quando é que um ser passa a ser Ser Humano?

É que não consigo perceber, para vocês do SIM, onde está a linha de divisão entre ser ou não Ser Humano!!!

Abraço

16/1/07 19:48  
Blogger João Pedro disse...

A mim não me interessa quando passa ou não a ser Ser Humano. Enquanto tá dentro da barriga e não for perigoso para a mãe, deveria poder abortar à vontade.

Isto lavaria a outra discussão que tem que ver com o suícidio em que os católicos dizem ser pecado pois Deus é o dono da vida. Já eu acho que deveria era haver suicido médicamente assisido mesmo que a pessoa não esteja doente.

Resumindo. Não adianta estar a chover no molhado. Isto é uma questão que não tem a ver com politiquices nem com éticas nem com nada. Tem a ver com formas de estar e em dar valor a certas de determinadas coisas.

16/1/07 20:50  
Blogger Nuno Sal disse...

Raquel, tenho pena que não tenhas respondido à pergunta que te fiz.

Soluções... irei apresentando algumas. Embora não possa alterar nada neste país.

J. Pedro, tenho pena que este espaço não seja amplo a nível de exposição publica.

Certamente que os teus argumentos teriam capacidade de ajudar alguns indecisos... a votar no Não.

Obrigado por isso.

16/1/07 21:11  
Blogger José Carlos Gomes disse...

É uma pena o Diário de Notícias ter uma edição electrónica miserável: poucas notícias da edição em papel estão na internet. Mas eu resumo esta que diz bem o que faz a Igreja:

- A hierarquia da Igreja Católica de Angola intimou o governo daquele país a entregar à Igreja um dado terreno, alegadamente "roubado" pelo Estado à Igreja. Só que dá-se o caso de, entretanto, o Estado ter construído um bairro social no referido terreno. Mesmo assim, a Igreja não abdica do pedaço de terra. Conclusão: as mais de duas mil famílias (vejam bem a enormidade do espaço!) estão a ser expulsas do lugar onde vivem para que a Igreja possa reaver o terreno. E a Igreja angolana responde assim: não temos culpa, até dissemos ao Estado para arranjar outro sítio para essas pessoas.

16/1/07 21:14  
Blogger José Carlos Gomes disse...

Eu gosto é de clareza!

E o Fausto tocou no ponto: falou em MATAR! Portanto, as mulheres que abortam são criminosas, são homicidas. Gostava de ver esta clareza e a assunção destas palavras mais vezes nos defensores do Não. Criminosas e homicidas é o que acham das mulheres que abortam. O que eu gostava de saber é quantas criminosas e homicidas, que "mataram" em Espanha ou noutros destinos turísticos mais in vão votar Não. E quantas até dão a cara por movimentos do Não.

16/1/07 21:16  
Anonymous Anónimo disse...

Pois não, não respondi! Lol!
Mas não respondi, porque só agora li o teu comentário.
Acontece que assim que postei o 1º comentário, logo em seguida iniciei o segundo que fui escrevendo ao longo de um tempinho entre uma janela e outra enquanto trabalhava. Não li, tão pouco o teu pedido.
As minhas desculpas!!

Sou contra, por princípio. Entre outras coisas, pela educação que tive desde sempre e da qual não abro mão.
Quando digo que sou contra, é porque penso que havendo alternativa é uma medida que não deve ser tomada.
Se há ou não Vida... para mim há sempre! Pouco me importa os conceitos de muitos que dizem que não se pode considerar... para mim é algo que está em formação e se está em formação Vive! Seja lá de que forma for... Vive e cresce no ventre de uma mulher!!
Haverá coisa mais bela?
(Calculo que estaremos de acordo aqui)

Mas quando digo isto estou a pensar em mim... e não sou capaz de me desprender da ideia do quanto eu desejo ser mãe, e não sou, porque considero não ter ainda meios suficientes para realizar este meu sonho.
Só que eu sou uma privelegiada: eu tenho conhecimento para saber como evitar uma gravidez... eu tenho meios de o poder fazer, e também acabaria por ter meios caso engravidasse ocasionalmente (porque "azares" também acontecem), porque estou rodeada de pessoas que me amam e que me ajudariam no que fosse necessário.
Não seria capaz de abortar, porque conscientemente eu sei que poderia criar esta criança.

Não sou a favor do aborto por leviandade, mas sou a favor da despenalização precisamente porque não acredito que as mulheres que o fazem, o façam simplesmente porque não lhes apetece ter um filho! Poderá haver muitas em que isso acontece, mas não acredito que sejam em maioria!!

16/1/07 23:36  
Blogger João Pedro disse...

Eu sei que o meu argumento ia fazer muita gente votar no não. Assim como também muita gente não votaria não se vocês não andassem com cartazes com justificações puramente económicas.

O que é que te faz ser contra? Não é unicamente a questão de o feto já ser uma vida? A mim é precisamente o facto de não me importar com isso. É esta a realidade dos defensores do Não ou do Sim. A diferença também tem a ver com o facto de os do Sim, acharem que apesar de ser vida, a mulher não deve ser considerada criminosa.

Para quê andar cá com rodriguinhos?

17/1/07 11:07  
Blogger João Pedro disse...

Vou por uma posta no meu blog, para que, por favor, me clarifiquem sobre uma das questões que mais me apoquenta: Politicas de direita + Igreja Católica. Como é que é possivel defender os dois ao mesmo tempo?

17/1/07 11:32  
Anonymous Anónimo disse...

A questão de ser criminosa é simples. Quem mata ou manda matar é crimoso, certo? O aborto é colocar um FIM a uma vida, logo é crime! Agora, não acho que prender as mulheres seja a solução. Acho sim que elas devem ser ajudadas a que não tenham que abortar. Isto não é uma questão de modas, é uma questão de bom-senso!

Mas... já estou como o JP (João Pedro) diz, estamos todos a chover no molhado, porque está visto que ninguém alterará o seu voto por causa desta discussão!

De qualquer modo, pelo que li do comentário da Raquel (que não conheço pessoalmente), parece-me que se calhar ela ainda vai votar NÃO, isto a avaliar pelo que escreveu:
«Sou contra, por princípio. Entre outras coisas, pela educação que tive desde sempre e da qual não abro mão.
Quando digo que sou contra, é porque penso que havendo alternativa é uma medida que não deve ser tomada. »

17/1/07 12:59  
Blogger José Carlos Gomes disse...

A Raquel votar Não? Era preciso que eu deixasse... :)

17/1/07 15:59  
Blogger Nuno Sal disse...

O que está em causa é precisamente o que o Fausto disse. Se se trata de vida, tem de ser defendida. Se a gravidez não é desejada, há que apostar na formação e educação para que possam haver cada vez mais pessoas a puder dizer o mesmo que a Raquel, a puderem dizer que estão informadas. Esse é o primeiro passo.

Embora não queiras ouvir falar de planeamento familiar, este é outro campo onde é emergente evoluir. Se as famílias não têm condições para ter filhos, devem saber evitar uma gravidez indesejada.

Tudo complementado com um acesso fácil a métodos contraceptivos, para que todos tenham os meios necessários e não haja discriminação económica.

Despenalizar não resolve os problemas. Isto sim resolve. Estas deveriam ser as medidas de fundo.

Raquel, se não defendermos o direito à vida, o mais importante dos direitos humanos, com que moral podemos defender outros direitos?

Será licito falar dos direitos da mulher e esquecer o direito à vida?

Quanto à questão penal, penso que a solução passaria por um meio termo, que tentasse ser o mais abrangente possível.

O aborto deve continuar a ser crime. Trata-se de matar um ser em formação. Para mim é quase o mesmo que matar uma criança. A diferença é que a criança já está fora da barriga da mãe e o feto ainda não.

Para uma pessoa chegar à situação de ter de abortar, é porque tudo o que deveria ser feito antes e que eu já mencionei, falhou.

Pois bem, a mulher deveria ter a possibilidade de aceder aos cuidados médicos públicos para abortar, mas esse acto ficaria registado e ela saberia que teria de ser julgada por tal acto. Mas o julgar não deveria significar ir para a cadeia.

Competia aos juízes analisarem todos os factos que levaram a este acto e deveriam haver atenuantes.

Tal como disseste e bem, de um descuido ninguém está livre. Um atenuante seria o facto de não haverem antecedentes, isto é, de a mulher nunca ter praticado aborto.

Agora se uma mulher recorresse constantemente a este acto, então deveria ser mesmo presa. Não se trata de um descuido mas de uma pratica comum e deveria pagar por isso.

As penas poderiam ir desde terem de participar em formações cívicas sobre o assunto, com o intuito de tentar evitar novas situações, passar pela condenação a trabalho comunitário e indo até à pena de prisão.

Não sei se seria a melhor solução mas gostava que contribuíssem com ideias.

17/1/07 21:45  
Blogger João Pedro disse...

Até que enfim ideias em cima da mesa, invés de se andar a atirar areia para os olhos. Muito bem!

17/1/07 23:15  
Blogger Nuno Sal disse...

Areia para os olhos, é o que os defensores do Sim querem fazer. É que entra muita areia quando enfiamos a cabeça na areia ao arranjarmos "soluções" que nada resolvem e esperamos que o problema desapareça.

18/1/07 01:52  
Blogger João Pedro disse...

Não vás por aí porque areia para os olhos atiram todos, uns aos outros!

18/1/07 11:25  
Blogger José Carlos Gomes disse...

Ou desconheces a realidade de um julgamento por aborto ou és muito cruel.

Para avivar-te a memória ou para te dar uma novidade, conto-te como se processou o julgamento de 17 mulheres na Maia, em 2002.

Como era muita gente, a sala de audiências revelou-se pequena e foi montada uma tenda. Depois, como em qualquer julgamento, o colectivo de juízes tratou de apurar a verdade dos factos.

Como é que isso se faz num julgamento por aborto? Fazendo perguntas do género: Que tipo de relacionamento afectivo tinha na altura em que fez o aborto? Por que fez o aborto? O pai do feto era o seu parceiro fixo ou ocasional? Qual a reacção dele? Como chegou a esta abortadeira? Arrependeu-se?

Ou seja, a vida mais íntima de uma mulher é posta em público e é julgada pelo Estado, porque o juiz não é mais do que o representante do Estado.

O simples julgamento, mesmo que não haja condenação ou que esta seja uma pena suspensa, é de uma violência atroz. Portanto, não resolve nada manter a lei mas não prender ninguém. O principal mal, a grande humilhação é o simples facto de um Estado, que se diz laico, arrogar-se no direito de julgar a vida íntima de uma mulher. Sobretudo num caso em que não há consenso social sobre o acto praticado. Ou seja, se no homicídio - aquilo a que os defensores do Não equiparam o aborto - há um consenso social de que é e deve ser crime, no aborto não há esse consenso. A sociedade tem de ter leis que façam a bissetriz entre sensibilidades quando não há consenso social. Ou seja, neste caso, a única lei que defende as diferentes perspectivas é a despenalização, porque permite abortar a quem assim o decide e permite que não aborte quem decide por não abortar.

18/1/07 16:16  
Blogger Nuno Sal disse...

Zé, perco a esperança em ti.

Estás fechado numa barricada e não vale a pena esperar mais de ti, porque não consegues ver além disso.

Cruel?! Mais uma vez não entendo o que queres dizer. Tem acontecido muito ao longo da discussão.

Sinceramente nem sei por onde começar.

Julgamentos colectivos por mim acabavam. Se os media deixassem de dar importância ao caso, grande parte dos problemas acabavam também.

Não preciso que me avives nem memória, nem coisa nenhuma. Se estivesse à espera que me avivasses a memória, ia ficar com uma, muito confusa. Prefiro continuar a usar a minha. É que a tua confunde e engana.

Quero lá saber do direito à privacidade da vida intima da mulher, quando comparado com o direito à vida.

Segundo a tua ideia, as mulheres querem abortar, querem ter direito a cuidados médicos, daqui por us tempos querem subsidios do Estado para abortar, e querem ter a sua privacidade e e vida intima protegidas. Durante esse processo mata-se um ser humano em formação mas, aqui d'el Rei que não se pode expor a vida intima da mulher!!!

Já tinha quase mas agora fico com toda a certeza que tens os valores todos trocados, não consegues ver além da posição inicial. Desculpa dizer-te mas acho que deves ter comprado um par de óculos em Penafiel.

Resolvia-se quase todos os problemas levantados pelos dois lados mas, falta garantir a privacidade da mulher.

Ridiculo!!!

O Estado tem o direito de julgar, não a vida intima de uma mulher, mas a morte de um ser humano em formação. Senão, daqui por uns tempos colocava-se em causa o direito do Estado em julgar a vida intima dos violadores, ou dos homicidas, ou dos ladrões.

Sem comentários.

Por último, nem vou comentar a tua ideia de lei que defende as diferentes perspectivas. É uma afirmação tão descabida e ridicula dizer que a despenalização tem esse condão, que nem merece ser comentada.

18/1/07 17:00  
Blogger Nuno Sal disse...

A tua lei, não defende nem protege as mulheres, não lhes dá hipóteses de evitarem uma gravidez indesejada, não lhes dá formação e informação para se protegerem, não lhes cria as bases para não terem de voltar a passar por uma experiencia terrivelmente traumática, não lhes mais nada, para além de serem livres de abortar. Ah e de terem a sua privacidade protegida.

Muito bem Zé!!!

As mulheres agradecem.

18/1/07 17:08  
Blogger Nuno Sal disse...

Outra coisa, a privacidade das mulheres será sempre exposta.

Ao terem de recorrer aos cuidados médicos públicos, serão expostas aos olhares da sociedade.

Ou será que, por causa disso, irá haver sempre aborto clandestino?

18/1/07 17:11  
Blogger Nuno Sal disse...

"O simples julgamento, mesmo que não haja condenação ou que esta seja uma pena suspensa, é de uma violência atroz"

Matar um feto é... uma coisinha de nada... ui... algo sem importância... um merosinho acaso...assim... nada de importante. Nem pensar em considerar isso como sendo algo de uma violência atroz!!!

Na tua cabeça, o objectivo de tal julgamento era a humilhação.

Na minha cabeça, o objectivo era evitar que voltasse a acontecer, protegendo a mãe e futuros fetos.

18/1/07 17:17  
Blogger Nuno Sal disse...

A tua "solução" é de uma crueldade atroz, para a mãe e para o feto.

18/1/07 17:19  
Blogger José Carlos Gomes disse...

Nuno,

Tu é que pões as coisas em alternativa: planeamento familiar vs aborto. Não é assim. Mesmo nos casos em que o planeamento familiar funciona bem - não é o caso de Portugal - há falhas e há abortos. O que se pretende é melhorar as condições de planeamento familiar em Portugal e, em simultâneo, despenalizar o aborto.

Os problemas não acabavam se os média deixassem de falar deles. Simplesmente ficavam abafados: era a técnica do Salazar. Isso poderia melhorar a tua consciência, mas as mulheres julgadas, em conjunto ou em separado, não ganhavam muito com a não publicidade dos casos na comunicação social.

A privacidade das mulheres não será exposta. O aborto, como qualquer outro acto médico, obriga o pessoal médico e de enfermagem a sigilo.

A importância do feto não é uma coisa pacífica. Há quem lhe dê importância e quem não lhe dê. A lei - lê um bocado sobre o assunto para te informares - visa sistematizar o pensamento da sociedade sobre determinado assunto. Quando não há consenso, como é este o caso, a lei deve permitir a expressão equilibrada das diferentes perspectivas. E isso só a despenalização o permite.

Despenalizar não significa incentivar o aborto. Pelo contrário. Significa controlá-lo e regulamentá-lo. Para acabar com a liberalização e com o salve-se quem puder dos dias de hoje, em que quem tem dinheiro aborta em condições, sem risco de ser presa porque vai ao estrangeiro, e quem não tem dinheiro corre riscos de vida e de saúde e, quando corre pior, ainda senta o cu no tribunal, onde as mulheres que abortaram são obrigadas a reviver o drama, aumentando ainda mais o drama que já viveram por terem sentido necessidade de abortar.

18/1/07 19:22  
Anonymous Anónimo disse...

Olá! Sei bem que todos queremos o melhor para o país e para os nossos filhos e netos. Por isso recolhi algumas dúvidas-argumentos que se levantaram nestas conversas de corredor cibernético, e acoplei a cada um 1 link, a que sugeria uma visita rápida:
1 - “Sou a favor da despenalização, não do aborto – é totalmente diferente”
Quando este argumento pela primeira vez, achei-me de acordo! Mas vendo melhor: há, de facto, uma guerra das palavras Falemos claro: o referendo é mesmo sobre a liberalização total do aborto até às dez semanas. (ver http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=41110.)
2 - “O número de abortos não aumenta quando há legalização, aliás, muito provavelmente vão diminuir”
Não será demasiado simplista o raciocínio ‘1 para 1’: Aborto livre, menos abortos?
Não será antes mais verosímil o raciocínio ‘vários para um’: apoio legal e social à maternidade, (mais creches , luta contra a discriminação da grávida e contra a violência doméstica), mais e melhor educação para a responsabilidade sexual, resolução de injustiças económicas, menos abortos?
Aliás os números são claros, é um sinal efectivo à sociedade de que um aborto pode ser feito sem necessidade de qualquer justificação, e passa a contar entre os métodos anticoncepcionais. Não sou eu que o digo. «As estatísticas revelam também que, depois da legalização, em muitos países, o número de abortos vai crescendo, e não diminuindo. No Reino Unido, desde a legalização do aborto o seu número triplicou (Avvenire, 1/7/2005). Na Austrália, entre 1970 (já depois da legalização) e 2002 esse número decuplicou. Em Espanha, o crescimento do número de abortos foi de 75,3% entre 1993 e 2003 e de 48,2% entre 1998 e 2003. » (Ver www.ipfe.org, o Relatório do Instituto de Politica Familiar)
Podemos aprender com os factos.
3 - “Por acaso, não percebo porque é que escolheram as dez semanas.”
Sim, esta é também uma dúvida minha. Porquê este limite da protecção legal? (ver http://www.forumdafamilia.com/nao/)
4 -“Temos de acabar com a humilhação de mandar as mulheres para a cadeia.”
Quantas mulheres foram para a cadeia? (ver http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=19213)
Depois, sejamos verdadeiros: não é sobre o fim da prisão das mulheres:mesmo que o sim ganhe, estas poderão teoricamente ser presas - se abortarem depois das 10 semanas.
Pode-se concordar com a despenalização da mulher – é possivel defender sem julgar -, e exijir intransigência com as clínicas e os executantes. Que aliás traçam já perspectivas lucrativas com a possibilidade da vitória do sim. ( ver http://www.oa.pt/Publicacoes/Boletim/detalhe_artigo.aspx?idc=31559&idsc=51003&idr=2933&ida=50986 )
E ainda: uma mulher normal com uma gravidez normal, dirige-se ao SNS e diz que quer abortar, ‘porque sim’: é um acto médico?
5 - “Abortos continuaria a haver, mas em vez de serem em vãos de escada as mulheres vão poder fazê-lo em melhores condições.”
O (e)terno cliché dos vãos de escada – como se provoca o aborto de um feto com dez semanas? Esta é para um médico!
6 - “Os do não recusam-se a resolver o problema do aborto clandestino.”
A verdade, é que o Não toma a sério a luta pela protecção das mulheres desse atentado à sua saude física e psíquica que é o aborto. Centenas de mulheres recebem diariamente apoio de instituições ligadas à defesa do Não. (ver http://www.maternidadevida.org/instituicoes.php)
Para as mães o aborto é frequentemente uma solução imposta e dolorosa. Fazem-no frequentemente pressionadas afectiva, social e economicamente. Agora é que ficariam totalmente desprotegidas. Ajudadas, a grande maioria das mães opta por acolher o desenvolvimento e nascimento do seu filho. É uma conclusão de quem está no terreno. A sociedade deve concentrar esforços em eliminar os problemas, não a eliminar os indivíduos. Onde esta o sim neste apoio concreto?
7 - “Não há provas científicas de que um embrião de dez semanas se trate de um ser humano, por isso, é escusado falarem de direitos humanos”
Será um ser vegetal? Ou, se não há vida, como pode estar sujeito à morte? (ver http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=41201%20)
8 -“Portugal tem de se juntar aos paises modernos. Os países mais desenvolvidos já têm todos este direito.”
Portugal é pioneiro nos direitos humanos, e estou certa que escolherá a promoção da defesa firme de todos os seus membros, sem excepção, como base para a verdadeira liberdade. (ver http://vidasempre.home.sapo.pt/DOCUMENTOS/pdf/Abortovotarnao_221206.pdf)
9- “Responsabilidade só há se houver escolha [para abortar]”
Eliminar a consequência de um acto meu porque ela não me convém não é ser responsavel. Nenhuma mulher fica grávida com o ar. O desenvolvimento humano inicia-se naturalmente com uma relação sexual, na qual participa uma mulher e um homem (eee... pois é! um homem) . A escolha existe, há que assumi-la com responsabilidade.
Também a sociedade deve assumir como seu o papel da promoção da vida intrauterina e da maternidade. Com todas as forças, porque é o futuro. Isso sim.
Por isso NAO.

18/1/07 23:06  
Blogger Nuno Sal disse...

Um excelente texto, que revela uma pesquisa cuidada sobre este assunto.

Obrigado pela contribuição, apesar de não saber a quem agradecer ;)

19/1/07 02:20  
Blogger Nuno Sal disse...

José, no coments

19/1/07 02:22  
Blogger João Pedro disse...

1º - A resposta às 10 semanas já aqui foi dada;

2º - "atentado à sua saude física e psíquica que é o aborto." É atentado a tudo isso porque a sociedade não o aceita e rotula de pecado. Se a lei for aprovado daqui a uns anos ninguém pensa assim;

3º - “Não há provas científicas de que um embrião de dez semanas se trate de um ser humano, por isso, é escusado falarem de direitos humanos”. O ser humano que a mim me preocupa é o que está cá fora. A mãe e restante familia. E o puto que há-de vir, muitas vezes para as ruas, marginalidade, PIEF (eu que o diga que bem os aturei), etc. Isso é que me importa. Porque depois não são de certeza vocês com as vossas políticas que os vão receber de braços abertos. Acho e assumo aqui, que é uma maneira de parar com os futuros frequentadores dos bairros S. João de Deus.

19/1/07 11:22  
Anonymous Anónimo disse...

Bem, o texto da pessoa anónima colocou de certeza os adeptos do SIM a pensar largos minutos, talvez horas ou dias em como rebater o texto!

Isto é que se chama de levar pra tabaco!!!!! :)

20/1/07 19:03  
Blogger José Carlos Gomes disse...

Fausto,

Estás enganado. O texto é tão oco, tão cheio de lugares-comuns e slogans que nem vale a pena comentar.

20/1/07 21:34  
Blogger Nuno Sal disse...

José,

Se assim fosse, fazia-me lembrar alguns dos teus. :p

21/1/07 02:50  
Anonymous Anónimo disse...

42º comentário!!!

Bem, este deve ser o post deste blog mais comentado...

22/1/07 20:17  
Blogger Nuno Sal disse...

43º e a subir... :)

A este ritmo vai ser de certeza.

Pena a discussão se tornar pouco interessante, visto que os defensores do Sim que por cá costumam passar, se recusam a falar de todo e qualquer assunto que lhes seja mais inconveniente...

23/1/07 15:25  
Blogger José Carlos Gomes disse...

Aqui estou eu, só para ajudar-te a cimentar o recorde. Mas, por mais que desafies, em mim não terás alimento para discussões laterais ao assunto do referendo: Concorda que deixe de ser considerada criminosa uma mulher que aborte até às 10 semanas de gestação, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado? Ou prefere apontar o dedo a essas mulheres e chamar-lhes criminosas e homicidas?

23/1/07 16:39  
Blogger Nuno Sal disse...

No teu caso, acho que não se trata de iliteracia...

Para não perder mais tempo, aqui fica o que escrevi sobre essa questão, uns comentários atrás. Vê lá se descobres qual é a minha opinião?

"O aborto deve continuar a ser crime. Trata-se de matar um ser em formação. Para mim é quase o mesmo que matar uma criança. A diferença é que a criança já está fora da barriga da mãe e o feto ainda não.

Para uma pessoa chegar à situação de ter de abortar, é porque tudo o que deveria ser feito antes e que eu já mencionei, falhou.

Pois bem, a mulher deveria ter a possibilidade de aceder aos cuidados médicos públicos para abortar, mas esse acto ficaria registado e ela saberia que teria de ser julgada por tal acto. Mas o julgar não deveria significar ir para a cadeia.

Competia aos juízes analisarem todos os factos que levaram a este acto e deveriam haver atenuantes.

Tal como disseste e bem, de um descuido ninguém está livre. Um atenuante seria o facto de não haverem antecedentes, isto é, de a mulher nunca ter praticado aborto.

Agora se uma mulher recorresse constantemente a este acto, então deveria ser mesmo presa. Não se trata de um descuido mas de uma pratica comum e deveria pagar por isso.

As penas poderiam ir desde terem de participar em formações cívicas sobre o assunto, com o intuito de tentar evitar novas situações, passar pela condenação a trabalho comunitário e indo até à pena de prisão.

Não sei se seria a melhor solução mas gostava que contribuíssem com ideias. "

24/1/07 21:24  
Blogger Nuno Sal disse...

Eu não desafio.

Procuro conhecer e ponho à prova os teus argumentos.

Ao contrário de ti, respondo e sempre responderei a todas as questões. Sejam laterais, centrais ou outra coisa qualquer.

Coisa que tu não podes dizer.

Mas as atitudes ficam com quem as toma.

24/1/07 21:27  
Anonymous Anónimo disse...

47º comentário:

A única resposta com bom senso é: NÃO!

30/1/07 12:47  
Blogger McBrain disse...

Bem, de facto este anónimo foi a ÚNICA pessoa que fez algo para me mudar a opinião.

No entanto, the bottomline is que a pergunta efectuada no referendo não é a que está colocada na posta original.

Portanto, a resposta é irrelevante.

(estranho, pensei que já tinha comentado esta posta anteriormente....)

25/2/07 10:03  

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