Homosapiêncial

Nós somos o que pensamos. Muito mais do que imaginamos. Muito mais do que supomos. Mais ainda do que sentimos...

2006/02/08

Munique

Fui hoje ver o último filme de Steven Spielberg. Considero ser um filme muito bom.

Sendo Spielberg judeu, este é o segundo filme que faz, retratando partes da história do seu povo. Na “Lista de Schiendler”, deu-nos uma visão nua e crua dos horrores do holocausto. Penso que esse seria um filme que ele sempre terá gostado de um dia vir a realizar.

Em “Munique” Spielberg leva-nos para o meio dos horrores perpetrados por judeus e árabes, após o atentado contra uma delegação israelita, durante os jogos olímpicos de Munique.

É um filme obscuro, violento talvez o mais angustiado de todos os que realizou. Nele mostra os dois lados do conflito e as suas “razões” de forma imparcial.
Leva-nos a pensar que por de trás de todo aquele ódio existem seres humanos que têm família, alegrias e tristezas, como todos nós. Conta-nos factos históricos mas mostra também a parcela humana da equação.

Mostra-nos a espiral de violência em crescendo. A mentalidade do “olho por olho, dente por dente”. Relembra-nos que tudo isto se passa por causa de dois povos quererem o mesmo solo, para dele fazer a sua pátria.

É um filme histórico, mais um pedaço da história humana que ficará para sempre guardado em filme. Para, espero eu, que as gerações futuras possam ver os nossos erros e não os voltem a cometer.

O que mais chocou quando saí da sala, foi pensar que uma das personagens tinha razão ao dizer que este conflito se arrastaria por gerações e gerações. De facto, cerca de trinta anos se passaram desde aqueles acontecimentos e ainda hoje o conflito entre israelitas e árabes continua a matar inocentes, soldados, seres humanos.

Quantos mais anos passarão? Quantos mais morrerão?

1 Comentários:

Blogger McBrain disse...

Em primeiro lugar, parabéns pela escrita da posta, está muito boa mesmo.

Em relação ao filme, não o vi, para grande pena minha. Mas pelo que sei é que enquanto n'"A Lista de Schindler" a perspectiva é claramente pró-judia, o mesmo não se passa no caso de "Munique".

Já agora, uma curiosidade. Parte do filme foi filmada em Budapeste.. eu estava lá na altura, houve uma rua ou outra que estavam fechadas ao trânsito!

4/3/06 19:54  

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