Homosapiêncial

Nós somos o que pensamos. Muito mais do que imaginamos. Muito mais do que supomos. Mais ainda do que sentimos...

2007/02/14

Ui que começam a falar dos problemas!!!

Desde Domingo que tenho vindo a ouvir falar de assuntos que até essa data eram uma espécie de tabu e dos quais ninguém que defendesse o Sim queria falar ou então negava a sua existência.

Estranho que logo após os resultados se tenha acordado, no Canal 1 para o problema que vai ser receber os novos “actos médicos” no sobrelotado Serviço Nacional de Saúde.
Ao que parece, não será fácil a um sistema sobrecarregado e a rebentar pelas costuras, passar a ter, como que por magia, meios humanos e logísticos para dar resposta a estas situações. É caso para exclamar... dahhhh!!!

Da noite do referendo, creio que as declarações mais estapafúrdias saíram da boca de Maria de Belém Roseira. Começou por dizer que no entender dela era fulcral que a nova Lei obrigasse a um período de reflexão a dar à mulher. Sem isso nada feito.

Em primeiro lugar não especificou o que entende que o Estado deve fazer nesse período. Se é dar à mulher uns dias para pensar melhor, sem que ela tenha nenhum tipo de aconselhamento e sem que lhe sejam apresentadas outras soluções, então esse período e nada, é quase a mesma coisa.

Mas o caricato foi quando lhe colocaram a questão da limitação de tempo. Aí é que a porca torceu o rabo e o tal período de reflexão fundamental passou a ter de ser feito depressinha.

Deve ser do género: uma mulher vai ao S.N.S. para fazer um aborto, tem uma consulta onde alguém lhe pergunta se tem a certeza ou se não quer voltar amanhã e pensar melhor durante a noite...

Fiquei com a sensação que a ex-ministra estava a acordar para essa limitação temporal naquele preciso momento e em directo.

Ontem, veio a publico uma noticia que dá conta da má qualidade dos métodos anticoncepcionais que são distribuídos gratuitamente. Até ontem tudo corria bem nesse campo, pelo menos no discurso dos defensores do Sim. Nem sequer queriam ouvir dizer que havia Centros de Saúde que não tinham métodos anticoncepcionais.

Após o referendo começo a ouvir falar de preservativos distribuídos que rebentam devido à fraca qualidade, de pílulas fora do prazo de validade e outras coisas que tal.

Porque será que só agora se fala da realidade e dos problemas que existem e antes do referendo o silêncio era de ouro?

3 Comentários:

Blogger Nuno Sal disse...

Começam a falar dos problemas, mas há quem nem sequer os comente.

15/2/07 20:30  
Blogger McBrain disse...

Nada como apenas mostrar os problemas e ter como única solução "não se fazer o aborto"....

Vale tudo, não é, Nuno?

21/2/07 15:22  
Blogger Nuno Sal disse...

Não, não vale.

Tenho pena que eventualmente não tenhas seguido esta discussão desde o início.

Se o tivesses feito, verias que apresentei muitas mais soluções para além do simples "não se fazer o aborto".

Ao contrário de muitos que, esses sim, apenas apresentaram como solução "fazer o aborto". Não sei és ou não um deles, mas isso não importa nada.

Apenas acho que esta tua afirmação é injusta e infundada.

21/2/07 16:30  

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