Homosapiêncial

Nós somos o que pensamos. Muito mais do que imaginamos. Muito mais do que supomos. Mais ainda do que sentimos...

2009/02/09

Louçã e os direitos dos coelhos gay


Foi num clima de indignação e profundo pesar que ontem um grupo de coelhos homossexuais se reuniu à porta da sede do Bloco de Esquerda.


Daquilo que se conseguiu apurar, esta manifestação espontânea deveu-se a declarações de Francisco Louçã na abertura da Convenção do BE.

Recorrendo a uma alegoria, Louçã afirmou que "o capital nada faz". "Imaginem dois coelhos numa cova. De certeza que vão sair coelhinhos, se forem casal. Mas se puserem lá duas notas de cem euros, acham que vão sair notas de vinte?"

Inicialmente pensava-se que a manifestação de coelhos gay pretendia ser um grito de revolta contra o facto de se andar a cortar tanta "erva", para que o líder do BE possa imaginar alegorias tão rebuscadas como a dos coelhinhos e das notas de cem euros.

Como sabem as ervas são importantes para os coelhos se esconderem, copularem e até se alimentar.

Mas passado algum tempo percebeu-se que o que irritou os coelhos gay, foi o facto de Louçã ter ido ao pormenor de mencionar que da cova sairiam coelhinhos, com uma condição para os dois que já lá estavam... "se forem casal".

Ora então se não forem casal (macho e fêmea) já não podem ter coelhinhos a sair da cova?!!!

Mas então o BE defende os direitos dos homossexuais, mas apenas e só dos homossexuais humanos?!!!

Então e os direitos dos coelhos homossexuais?!!!

Em resumo, foi isto que indignou este grupo de coelhos "cor-de-rosa" e os levou até a tentar agredir Louçã com algumas cenouras.

Mas este, como sempre esquivo, conseguiu escapar impune a este ataque cor-de-laranja e acabou por pedir desculpa aos coelhos gay.

Garantiu também que a questão da adopção por parte de coelhos do mesmo sexo, passará a ser uma das bandeiras do BE, a par do direito ao aborto por parte de cadelas e gatas vadias e à eutanásia para todos os animais mantidos em cativeiro.

Pretende assim o BE, abranger toda uma nova franja de eleitorado, ao lançar um conjunto de questões fracturantes na sociedade dos bichos.

Veremos se também lá acabará por surgir uma nova sociedade desprovida de valores.

Uma sociedade literalmente entregue à bicharada...

15 Comentários:

Blogger João Pedro disse...

Devar de vagarinho... lá vai levando a água ao seu moinho no que diz respeito às questões fracturantes...

"Veremos se também lá acabará por surgir uma nova sociedade desprovida de valores." - Desprovida dos teus valores queres tu dizer...

9/2/09 22:14  
Blogger Nuno Sal disse...

Que bom que ele leva a água ao moinho dele. O país agradece...

Mas ainda bem que tens clarividência para perceber isso.

Depois e com tempo, explica aí os valores que a famosa sociedade fracturada teria. Isto se não der muito trabalho, claro.

10/2/09 19:21  
Blogger João Pedro disse...

Uma sociedade em que as drogas leves sejam liberalizadas, o aborto seja legal, o casamento homossexual seja permitido, em que o divórcio seja permitido, em que a eutanásia seja permitida... não é uma sociedade sem valores, mas sim uma sociedade sem os valores que eventualmente tu e a igreja defendem. Isso não faz dela uma sociedade sem valores. Faz isso sim uma sociedade com valores que não os teus... Lá porque não concordas...

Eu acho muito bem. Já devia era estar assim há mais tempo.

11/2/09 15:51  
Blogger Nuno Sal disse...

Peço-te que menciones os valores da sociedade que defendes e apresentas-me apenas e só uma sociedade permissiva.

Permite isto... permite aquilo... permite tudo.

Até fico com a sensação que essa sociedade teria como valor unico não a liberdade mas sim a libertinagem...

Sinceramente sinto que não respondeste à minha pergunta. E gostava que o fizesses, para ilucidares a malta...

Depois disso teremos de falar no que fazer, quando determinados valores entram em conflito.

12/2/09 17:32  
Blogger João Pedro disse...

São os valores actuais, excepto alguns que referi na resposta acima. O teu "problema" no que diz respeito por exemplo ao homossexualismo, aborto, eutanásia, divórcio tem unica e exclusivamente a ver com o facto de seres cristão e de os vossos valores serem no que diz respeito ao casamento que ele é sagrado e tipo para sempre e para procriar. Coisa que para mim não é assim taxativo. Como tal vocês são "contra" o divórcio e o casamento gay (não podem procriar). Mas já por isso é que ninguém pede para a igrja casar gays. Não podem é impedir o casamento cívil.

Em relação à eutanásia e tal vocês acham que a vida é tipo propriedade de Deus. Por isso não pode o homem individualmente atentar contra isso. Eu também não sou dessa opinião.

A grande questão é que estamos num país laico. Por isso não faz sentido se quer não legalizar tudo isto...

13/2/09 15:04  
Blogger João Pedro disse...

Não quero com isto dizer que se aplica a todos os cristãos, ou a ti. Mas modo geral...

13/2/09 15:06  
Blogger Nuno Sal disse...

Jesus Cristo!!!

Fico cada vez mais confuso com as tuas respostas.

"São os valores actuais, excepto alguns que referi na resposta acima"?!!!!

Continuo na mesma... sem saber que "valores actuais" são esses.

Na resposta acima, não falaste de valores. O unico que posso descurtinar nesse comentário é o da liberdade, mas da forma como o apresentas, continuo a dizer que isso é permissividade e nao liberdade.

No meu entender a liberdade implica responsabilidade e respeito pelos outros.

Depois misturas uma enxurrada de coisas e dizes que sou contra elas por causa de achar que o casamento é para sempre(!!!!!)

Para simplificar, respondo um por um, a ver se te retiro essa grande confusão que vai na tua cabeça.

1- Homossexuaidade

Não tenho nada contra a homossexuaidade, no sentido em que respeito quem o é. É algo que não consigo perceber, mas respeito.

A unica coisa que peço é que essas pessoas respeitem também quem não é homossexual. Parece-me justo.

2- Aborto

Sou contra, por achar que o direito à vida de um ser humano em formação é superior ao direito de se puder engravidar e "resolver o problema".

Embora saiba que nem todos os casos são assim tão simples, mas a Lei já previa várias dessas situações.

Agora entre o direito à vida, contra o direito de se abortar por se ter sido irresponsável, nem diga mais nada.

3- Eutanásia.

Ao contrário do que dizes, este é um assunto onde tenho MUITAS dúvidas e pasma-te, na Igreja essas dúvidas também existem.

4- Divórcio.

Para mim cada qual é livre de fazer o que quer.

Mas pergunto se é mentira que muitos e muitos se casam e só depois é que pensam na responsabilidade que assumiram?

Não é para ti, mas sempre me custou a perceber porque é que quem não acredita em Deus, se vai casar à igreja?

Pessoas que nunca puseram os pés na igreja e vão lá naquele dia, assumir um compromisso perante um Deus em que não acreditam.

Isso custa-me a entender, mas mais uma vez digo cada um é livre de o fazer.

Eu sei o compromisso que assumi,e basta-me.

Também não sei se a "faneca" vai ficar muito contente por saber que o casamente para sempre não é assim tão taxativo. :)

Em alguns destes casos estamos a falar de pessoas que não assumem as suas responsabilidades.

Tu defendes, que está tudo bem.

Eu defendo que as responsabilidades são para assumir e o Estado ou a Igreja não têm que facilitar a vida a quem é irresponsável.

"Em relação à eutanásia e tal vocês acham que a vida é tipo propriedade de Deus. Por isso não pode o homem individualmente atentar contra isso. Eu também não sou dessa opinião."

Em relação à eutanásia, já estamos conversados.

Em relação ao "e tal", mais que achar que a vida é um Dom de Deus, acho que é o bem mais precioso que o Homem tem e por esse motivo é o maior dos valores.

Ainda bem que a Carta dos Direitos Humanos também proclama o direito à Vida.

Espero ter contribuido para minimizar esta tua grande confusão.

Para além disso continuo a aguardar que faças a tal lista de valores da sociedade que defendes, uma vez que voltaste a não o fazer.

Em vez de continuares a dizer que eu e a Igreja isto... eu e a Igreja aquilo, deixa-nos estar no nosso cantinho e defende o teu ponto de vista, apresentando os tais valores.

13/2/09 16:59  
Blogger João Pedro disse...

“A unica coisa que peço é que essas pessoas respeitem também quem não é homossexual” – Em que é que não te respeitam?

“Mas pergunto se é mentira que muitos e muitos se casam e só depois é que pensam na responsabilidade que assumiram?” – E que mal é que tem? Tens alguma coisa a ver com isso? Se se casam e passado 10 dias querem divorciar-se estão a fazer algum mal? E tu tens alguma coisa a ver com isso?

“Não é para ti, mas sempre me custou a perceber porque é que quem não acredita em Deus, se vai casar à igreja?” – Ah pois não é não… que eu saiba eu não casei pela igreja nem perante nenhum Deus.

“Também não sei se a "faneca" vai ficar muito contente por saber que o casamento para sempre não é assim tão taxativo.” – Não pegues só em partes da frase. Seja como for, para mim é para sempre… não o posso obrigar a ser também para os outros casais…

“Eu defendo que as responsabilidades são para assumir e o Estado ou a Igreja não têm que facilitar a vida a quem é irresponsável.” – Mas porque raio um gajo se divorciar e casar e divorciar e casar e etc etc etc é irresponsável???????

“Acho que é o bem mais precioso que o Homem tem e por esse motivo é o maior dos valores.” – Não quer dizer que a pessoa, a dona da sua vida, não possa terminar com ela quando muito bem lhe apetecer. Ou será que tem de andar contrariada neste mundo tipo prisioneiro??? Todos têm o direito à vida… ou de acabar com ela se lhes der na real gana…

Quanto aos valores, não tenho se quer capacidade para os expor a todos. São valores de liberdade, honestidade, lealdade, justiça, não-à-violência, não à criminalidade, etc etc etc. Não são valores de casamentos e coisas desse género…

13/2/09 17:33  
Blogger Nuno Sal disse...

Já vi que não vale a pena.

O tempo para longas "conversas de surdos" já lá vai.

Se fosse a comentar tudo o que disseste, nunca mais saia daqui e seria para nada.

No entanto deixa-me apenas transcrever aquela que considero a maior de todas as "perolas".

"Mas porque raio um gajo se divorciar e casar e divorciar e casar e etc etc etc é irresponsável???????"

Tens razão... ganhaste... fiquei sem resposta... nada a dizer.

Mas porque raio é que será?!!!

Ai o que eu me ri com isto...

Quanto ao mais importante, os famosos valores:

"São valores de liberdade, honestidade, lealdade, justiça, não-à-violência, não à criminalidade, etc etc etc. Não são valores de casamentos e coisas desse género…"

Não defendes liberdade, defendes que se faça tudo o que se quiser. Da conversa que tivemos, é a grande ideia com que fico e nem vou mencionar aqui os exemplos que deste no msn...

Quanto aos outros valores, já estão disponiveis nesta sociedade, para consumo.

O ser humano é que por vezes não os põe em práctica.

E isso vai acontecer em qualquer sociedade.

Seja a tua, seja a minha.

Ou achas que na tua todos serão honestos. leais, justos, e pacificos?

A questão é o caminho para atingir esses objectivos.

E o caminho da "justiça" de alguns que a querem impor à maioria, tem muito que se lhe diga.

A nossa sociedade tem de se basear também no respeito mutuo.

E claramente respeito MUTUO é coisa que não defendes. Se assim fosse também conseguias ver as injustiças que se praticam dos dois lados.

Mas claramente não consegues. No teu caso, uns têm de ser respeitados e fazer tudo o que querem, mas os outros têm de "olhar para o lado" comer e calar, deixar que inocentes sejam mortos, etc...

E tudo isto à custa da liberdade de alguns.

Acho muito bem... é assim mesmo... viva a liberdade, perdão a libertinagem.

"Não são valores de casamentos e coisas desse género…"

Quê!!!!

Andas muito enganado, ou mal informado então. Esse é o grande problema de se ouvir umas bacuradas num sitio qualquer e depois nos limitarmos a propagar essas mesmas bacuradas.

Nem me dou ao trabalho de responder. Há coisas que não merecem o trabalho.

13/2/09 17:53  
Blogger Nuno Sal disse...

E para terminar:

"São valores de liberdade, honestidade, lealdade, justiça, não-à-violência, não à criminalidade, etc etc etc.

E eu ser livre de não querer que um filho meu veja dois homens aos beijos?

Sou livre disso ou não?

Será honesto um homem que se casa e descasa continuadamente?

Será ele ou ela hoestos para com os filhos que nascem e não têm culpa da irresponsabilidade dos pais e vivem uma vida de sofrimento?

Será leal uma mãe que tem tudo facilitado para tirar a vida a um filho que ainda não nasceu?

Sentirá o seu filho essa lealdade?

Será justo uma minoria impor a vontade à maioria?

Será de uma violência brutal uma mulher passar por um aborto, quando se devia investir em outras opções?

E tirar uma vida? Será isso de uma violencia brutal?


Serei eu livre de achar que não?

Ou terei de me submeter à vontade dos outros?

Ou será que só alguns merecem a liberdade?

Ou será melhor encontrar pontos de equilibrio?

Ou será melhor fracturar isto tudo?

Será?

Como vês, tudo depende do ponto de vista. O que para uns é justo, para outros não é e por ai fora.

Uns procuram uma sociedade equilibrada, onde o maximo de situações sejam cultivadas.

Outros querem apenas e só uma sociedade fracturada.

13/2/09 18:03  
Blogger Nuno Sal disse...

Resumindo uma sociedade onde tudo se possa fazer, sem respeitar de forma alguma os outros.

COmbate-se uma injustiça e criam-se dezenas de outras.

Consegues ver isso?

Parece-me que não.

13/2/09 18:06  
Blogger João Pedro disse...

Acho claramente que confundes os significados das coisas... e principalmente confundes conceitos...

P.S. Saíste-me um belo dum homofóbico...

P.S.2 "Será honesto um homem que se casa e descasa continuadamente?" Então agora um gajo que se divorcia 3 vezes é desonesto? Ora foda-se! É mais honesto um casal que se dá mal e que dão batatada um no outro mas continuam casados?

P.S.3 "Uns procuram uma sociedade equilibrada, onde o maximo de situações sejam cultivadas." Ainda não vi ninguém dos teus "quadrantes" abrir mão do que quer que seja. Parece-me que vocês gostam mais de deixar tudo como está pois assim é que está bem. Olha que estas injustiças todas que aqui falamos são graças à "tua" sociedade... não à "minha"...

13/2/09 23:09  
Blogger McBrain disse...

Comecei a ler a posta e cada vez percebo menos. Espera lá... o Francisco Louçã falava especificamente contra o capital (concorde-se ou não) e tu vens falar do facto de serem coelhos ou não homossexuais? De onde é que isso veio mesmo? É que realmente a tua percepção do que é dito vai muito para além de um ser humano... terás percepção extra-sensorial e não nos queres dizer? Ja li o que escreveste duas vezes e não consigo entender.. a não ser que, claro, consigas criar factos para alimentar o teu ódio de estimação.

Mas continuando...

Ora então se não forem casal (macho e fêmea) já não podem ter coelhinhos a sair da cova?!!!

Sim... tudo isto é estudado pela biologia. Sim porque os animais fazem sexo por instinto, não porque querem ou prazer.

Veremos se também lá acabará por surgir uma nova sociedade desprovida de valores.

Nuno: para João César das Neves já nos chega um. Tenta outros argumentos que não comparem o nosso país hipoteticamente a Sodoma e Gomorra.

17/2/09 23:12  
Blogger McBrain disse...

Estive a agora a ver os comentários, e....

Homossexualidade
[...]
A unica coisa que peço é que essas pessoas respeitem também quem não é homossexual. Parece-me justo.


Então explica-me como é que um homossexual não respeita a tua liberdade? Vai violar-te? Vai obrigar-te a ser homossexual? Que eu saiba nâo...

Pelo contrário, a sociedade de hoje pelos vistos obriga quem quiser casar-se a ser heterossexual, ou é impressão minha? (sim, porque há vários casos de homossexuais que se casam com um parceiro de sexo diferente por pressão da sociedade e depois... é só felicidade, como podes imaginar).
E podes dizer que os homossexuais não são obrigados a fazer tal...
Em resposta a isso só te digo: e se proibissem os heterossexuais de se casarem? Sim, porque as pessoas hoje em dia podem morar juntas em união de facto... tu importavas-te?

Mas mesmo assim a tua "pérola" está em:

E eu ser livre de não querer que um filho meu veja dois homens aos beijos?

Explica lá. Para ti dois homens aos beijos é diferente de um homem e uma mulher aos beijos? Portanto uma expressão de amor entre um casal heterossexual é aceite, mas já uma expressão de amor entre um casal homossexual já é algo que a sociedade deveria reprimir. Se sim, porquê? Em que é que te prejudica a ti (ou aos teus filhos)?
E por fim, uma outra pergunta: e se forem duas mulheres aos beijos? Já é algo que consentes? Responde com honestidade...

Para mim a tua atitude de "não permitir que o meu filho veja dois homens aos beijos só tem um nome: homofobia. Para ti, a marginalização dos homossexuais é algo que deveria ser implementado, certo? Quando muito, beijinhos, mas atrás de portas. Já os machos hetero podem fazer à frente de todos, porque afinal de contas... é "normal" (D. José Saraiva Martins dixit)

Custa-me a entender a tua relutância em ver dois homens ou mulheres felizes porque tu defendes direito de estes não o serem. Porque sim. Apenas porque sim. Ou porque biologicamente não "pró-criam", citando M. Ferreira Leite. Ou porque depois o país transforma-se, perde os seus valores.

João César das Neves referiu que com a descriminalização do aborto, abortar seria tão natural como beber um copo de água. Passou-se um ano e não é essa a minha percepção.

Portanto, argumentos catastrofistas são para mim apenas propaganda usando as velhas técnicas de F.U.D. ("Fear, Uncertainty, Doubt"), o que já foi chão que deu uvas.

O que é mais interessante é que de facto tens alguma razão em outros pontos. No caso do aborto e na utlização abusiva do casamento religioso, principalmente, acho que até tens razão em algumas das coisas que digo, mas no caso do casamento entre pessoais do mesmo sexo, só consigo ver homofobia mais ou menos encapotada nas tuas palavras, infelizmente.

Até quando vamos negar a 10% da nossa população o direito a ser feliz? (sim, os últimos estudos revelam a existência de um milhão de homossexuais em Portugal; resta saber quantos deles são obrigados a escondê-lo por pressão da socieddade). Até quando?

18/2/09 10:44  
Blogger Nuno Sal disse...

João, acho que a melhor resposta para ti, é usar as tuas próprias palavras:

"Acho claramente que confundes os significados das coisas... e principalmente confundes conceitos..."

Daquilo que escreves é clarinho como a àgua que assim é e não deixa de ser caricato que ainda por cima me acuses a mim disso.

Mc, em primeiro lugar e como pelos vistos é preciso dar-te esta explicação... o texto inicial... é uma brincadeira.

Parece-me obvio, mas se calhar é só para mim...

Portanto não se trata de eu ter percepção extra-sensorial e muito menos de andar a criar factos.

Pensei que a "dica" de existirem no texto coelhos falantes que se manifestavam, seria suficiente para se concluir que estavamos perante um texto humorístico, mas se calhar assim não foi.

Peço por isso desculpa por te fazer perder tempo a tentar perceber de onde tinha tirado tudo isto. :)

Posto isto, falemos do teu segundo comentário:

Peço em primeiro lugar a ti, ao João, ou a quem quer que seja, que me mostre em que parte do meu texto ou dos meus comentários é que eu afirmo ser contra o casamento homossexual.

Aguardo ansiosamente por essa resposta para puder entender as vossa afirmações.

Dizes também que 10% da população portuguesa é homossexual. Não tenho dados, nem me interessa, mas sendo assim admites haver 90% de população que não o é.

Correcto?

Muito bem, eu pertenço a esses 90% de população heterossexual.

Também pergunto se poderemos dizer que os homossexuais são uma minoria?

Acho que sim, mas obviamente que têm de ter os seus direitos.

A grande diferença é que eu acho que devem ter também obrigações.

Que mais não fosse por haver uma larga maioria da sociedade que também deve ver os seus direitos protegidos.

Ou não?!!!

Um homossexual não respeita a minha liberdade por eu achar que me vai violar, ou obrigar a ser homossexual.

Claro que não.

Mas volto a afirmar que da mesma forma que entendo que eles têm os seus direitos, não entendo a vossa dificuldade em querer defender o meu direito a não querer que por exemplo um filho meu, assista a demonstrações de carinho entre dois homens.

Posso ou não ter esse direito?

Sim ou não?

Ou tenho de ser "rotulado" como sendo homofobico por ser diferente deles?

Será isso justiça ou liberdade?

Ou terei de ser obrigado a juntar-me a muitos que fazem parte dos 90 %, e calar?

Mais uma vez aqui digo que as divergências começam quando varios direitos entram em conflito.

Por isso, MAIS UMA VEZ digo que tem de haver entendimento de ambas as partes e chegar-se a um meio termo.

E digo mais, vocês andam aí tão preocupados, o Loucã e outros também, mas posso afirmar que há muitos homossexuais que entendem perfeitamente que as outras pessoas devem ser respeitadas e por isso privam-se de manifestações publicas da sua sexualidade.

E atenção, que eu falo com conhecimento de causa. Por isso, não venham cá numa de defensores de uma realidade que, se calhar, eu até conheço melhor que vocês.

Para mim dois homens aos beijos é diferente de um homem e uma mulher aos beijos. Para mim e para muitos... e muitos... e muitos...

Isso é-me permitido?

Ou numa sociedade dita "livre", querem privar-me até daquilo que eu penso?

"Uma expressão de amor entre um casal homossexual é algo que a sociedade deveria reprimir?"

Reprimir?!!!

Não.

Onde é que me viste escrever isso?!!!

Mais uma vez digo, que os homossexuais apenas devem respeitar quem é diferente deles.

Nada mais.

Quanto à questão das duas mulheres aos beijos, não se trata de consentir ou deixar de o fazer.

Assim como para o caso de dois homens...

Acho que devem respeitar quem é diferente delas e é só. Não sei se entendo a tua dúvida, mas tudo bem.

Até vou reformular o que escrevi anteriormente e dizer que gostava de ter o direito de uma filha minha não ver duas mulheres aos beijos.

Está melhor assim?

Provavelmente estarás a tentar fazer menção ao facto de para os homens heterossexuais, duas mulheres aos beijos, ser um "cenário" apelativo.

O que é que queres que te diga?

Queres que te pergunte o mesmo a ti?

Em algumas coisas, se quiseres, podes chamar-me homofobico. Se isso te faz feliz...

E agora?

Se for homofóbico, posso ser?

Ou só se pode ser homossexual?

Para mim, a marginalização seja de quem for ou porque motivo for, é algo que não faz qualquer sentido e não deve existir.

E só uma pessoa que não me conhece é que pode pensar o contrário.

Até os homofóbicos têm direitos. Na vossa sociedade, parece que não.

Também me parece obvio que existe de facto um comportamento sexual dito "normal".

Tal como tu alegaste, embora eu desconheça as bases, 10% da população é homossexual.

Com esse valor em mente, qual pensas ser o comportamento sexual dito mais "normal"?

Em norma, normalmente, que tipo de comportamento sexual é mais normal?

Há quem tenha medo de usar certas palavras. Parece que a Igreja Católica, não tem esse receio.

Com tudo o que isso tem de bom e de mau...

Eu não defendo o direito de os homossexuais não serem felizes.

Defendo de facto certos valores.

Valores que claramente alguns querem destruir.

Sem dúvida alguma.

E para quê?

Porque se preocupam com as pessoas?

Deixa-me rir...

Resumindo:

Os tais 10% da nossa população, têm o direito de serem felizes.

Só acrescento que também têm a obrigação de respeitar a diferença
dos outros 90%.

E parece-me que infelizmente, não conseguem ver isso.

Estão a fazer exactamente aquilo que me acusam de fazer, mas não têm olhos para o ver.

Acusam-me de querer desrespeitar direitos, e querem fazer exactamente o mesmo.

Parabéns!!!

Brilhante.

Por último, deixo uma pergunta.

Não poderão dois homens sentir o desejo de criar um filho?

Sendo apenas dessa forma que se sentem completos, como casal?

Eu acho que não.

E os meus caros defensores dos direitos dos homossexuais?

O que acham disso?

24/2/09 19:35  

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