Homosapiêncial

Nós somos o que pensamos. Muito mais do que imaginamos. Muito mais do que supomos. Mais ainda do que sentimos...

2006/04/24

Adeptos?!

Para ser sincero, a vitória de Sábado que deu mais um título de campeão nacional ao F.C. Porto, teve para mim um sabor pouco intenso. Não é normal que assim seja, pois desde que me conheço como pessoa, sempre vibrei muito com as vitórias e sofri algumas vezes com as derrotas do Porto do meu coração.

Mas ontem foi bem diferente, tendo tudo ficado a dever-se à atitude vergonhosa e “animalesca” que alguns adeptos do Porto tiveram no estádio (ou melhor dizendo campo) do Penafiel.

Alias, essas bestas não são adeptas do Porto. São adeptas dos super dragões, o que é bem diferente. Peço desde já desculpa aos defensores dos animais, por nestas linhas ir denominar estes energúmenos de bestas. Os animais não têm culpa e é para eles uma desconsideração sofrer tal comparação. Mas como me apetecia chamar outros nomes aquela corja de animais e não posso, fico-me pelas bestas.

Quando o speaker do estádio 25 de Abril começou a apelar ao civismo daqueles animais, comecei a pensar que o dito senhor deve ser muito crente. Porque civismo é coisa desconhecida para aquelas bestas. O resultado, foi o que se viu. Invasão de campo, jogo em risco de não terminar e uma festa estragada e manchada, à custa daqueles animais.

Tudo por causa das guerrinhas entre a direcção do Porto e os super dragões. Tudo para que o tal líder da macacada que se pavoneava em tronco nu, mostrasse ao mundo o seu poder em dominar os seus comparsas de manada.

Incompreensível também o porquê de tão atrasada e ineficaz acção das forças da ordem.

Não obstante toda esta triste situação, que me fez ter vergonha de ser portista, saio de casa, passo na estação e dou de caras com uma portagem improvisada pelo povinho desta urbe. O pagamento da portagem, era permitir àquelas bestas abanar a nossa viatura a seu bel-prazer.

Assim teve de ser, embora pedisse ao pessoal para o fazer com calma e devagar. Cerca de 1 quilometro mais à frente, sou de novo parado por um bando de pequenas bestinhas, que gostam de imitar os machos mais velhos da manada e que se puseram literalmente à frente do carro, para tentar o abanão.

A ideia de os atropelar, passou-me com muita intensidade pela cabeça, mas lá me contive. Ao passar, um dos parvalhões tentou arrancar um cachecol que levava pendurado de fora da janela. Tenho aquele cachecol há anos. Nele encerro muitas boas memórias, sendo a mais forte a da final em Gelsenkirshen, pois foi aquele o cachecol que me acompanhou à Alemanha. Se o puto me rasgava o cachecol, juro que saia do carro e dava-lhe cabo da cara. A paciência tem limites e a minha, naquela noite tinha atingido o máximo à muito.

Que raio de país é este, onde já nem se podem festejar as vitórias do nosso clube em paz, por sermos importunados por adeptos do nosso próprio clube?

Mais um ano do Dragão...


Há um prenúncio de morte
Lá do fundo de onde eu venho
Os antigos chamam-lhe renho
Novos ricos são má sorte

É a pronúncia do Norte
Os tontos chamam-lhe torpe


Hemisfério fraco outro forte
Meio-dia não sejas triste
A bússula não sei se existe
E o plano talvez aborte

Nem guerra, bairro ou corte
É a pronúncia do Norte

Não tenho barqueiro nem hei-de remar
Procuro caminhos novos para andar
Tolheste os ramos onde pousavam
Da Geada as pérolas as fontes secaram

Corre um rio para o mar
E há um prenúncio de morte

E as teias que vidram nas janelas
Esperam um barco pareceido com elas
Não tenho barqueiro nem hei-de remar
Procuro caminhos novos para andar

E é a pronúncia do Norte
Corre um rio para o mar

2006/04/20

Lightning storm (two)

Parabéns a você

Este que vos escreve, completou ontem vinte e nove primaveras. Estou a ficar velho, é um facto. Sinto-o principalmente quando vou jogar futebol com os amigos às terças. O gajo “raçudo” que nunca largava o adversário que tinha a bola, vê-se hoje em dia a ficar para trás perante a velocidade de certos jovens. Já não é como era…

Vejo-me também a um passo de ultrapassar a mítica barreira psicológica dos “trintas”.

No entanto encaro com naturalidade todo este processo de amadurecimento. Mau era se deixasse de por cá andar a contar os anos que passam.

Ao longo do dia de ontem, tive muitas prendas, que me fizeram muito feliz. Não falo de coisas materiais, mas apenas de ter recebido muitas felicitações e parabéns de muitos, que gosto de considerar amigos. Alguns, que já nem falavam comigo à algum tempo, devido à vida que têm, mas hoje lá se lembraram de dar os parabéns.

É certo que hoje em dia, com telemóveis que, entre outras coisas, nos avisam dos aniversários que lhes colocamos na memória, é mais fácil recordarmo-nos da data de nascimento daqueles de quem nos queremos lembrar.

È engraçado também verificar que ao longo destes vinte e nove anos, fiz amizades com pessoas que são muito diferentes, entre si.

É bom saber que de alguma forma sou um bocadinho importante para essas pessoas.

Costuma-se dizer que os amigos se escolhem. Acho que tenho escolhido bem.

2006/04/17

Lightning storm (one)

2006/04/11

O negócio do medo

Nem de propósito. Acabei as minhas publicações neste espaço e fui ver o mail. Foi então que dei com este mail enviado hoje por um amigo. Não sei se será tudo verdade mas, também não acho nada estranho se for. Aqui fica a transcrição do mail:

Sabia que o vírus da gripe das aves foi descoberto há 9 anos no Vietnam?

Sabia que desde então morreram apenas 100 pessoas em todo o mundo durante estes 9 anos (menos do que com qualquer outra doença conhecida)?

Sabia que os americanos foram quem informou da eficácia do TAMIFLU (antiviral humano) como preventivo?

Sabia que o TAMIFLU apenas alivia alguns sintomas da gripe comum?

Sabia que a sua eficácia no tratamento da gripe comum está a ser questionada por grande parte da comunidade científica?

Sabia que perante um suposto vírus mutante como o H5N1 o TAMIFLU apenas aliviará alguns sintomas?

Sabia que a gripe das aves até ao momento apenas afecta as aves e seres humanos em contacto muito directo e continuado com elas?

Sabia que quem comercializa o TAMIFLU são os Laboratórios ROCHE?

Sabia que a ROCHE comprou em 1996 a patente do TAMIFLU à GILEAD SCIENCES INC.

Sabia que o presidente da GILEAD SCIENCES INC. e seu principal accionista era DONALD RAMSFELD?

Sabia que DONALD RAMSFELD é o actual Secretário da Defesa norte americana?

Sabia que a principal base do TAMIFLU é o anis estrelado?

Sabia que quem detém 90% da produção desta árvore é a ROCHE?

Sabia que as vendas do TAMIFLU passaram de 254 milhões em 2004 para mais de 1.000 milhões em 2005?

Sabe quantos milhões mais pode ganhar a ROCHE e os mercenários da administração Bush nos próximos meses se continuar este negócio do medo?

Ou seja, o resumo do negócio é o seguinte: os amigos do sr. Bush decidem que um fármaco como o TAMIFLU é a solução para uma pandemia que ainda não ocorreu e que causou 100 mortos no mundo inteiro desde há 9 anos. Este fármaco não cura nem sequer a gripe comum. O vírus actual não afecta o ser humano em condições normais. Ramsfeld vende a patente do TAMIFLU à ROCHE e esta paga-lhe uma verdadeira fortuna. A ROCHE adquire 90% da produção do anis estrelado que é a base do antiviral. Os governos de todo o mundo ameaçam com uma pandemia e compram à ROCHE quantidades industriais desse produto. Nós acabamos por pagar o medicamento e Ramsfeld, Cheney e Bush fazem um belo negócio.

Tamiflu, Bush, Donald Ramsfeld e o negócio do medo.>>Extracto do editorial do nº 18 (Abril 2006) da revista DSALUD

Porque choras?

H5N1 X 0 = 0

Hoje ouvi na RTP, uma notícia, daquelas que me tiram do sério. Falava de uma estimativa, que por sinal tinha sido apresentada também por aquela estação, que foi tornada pública na fase mais quente de notícias sobre a gripe das aves, e que dava conta da probabilidade de alguns milhares de portugueses virem a sucumbir da dita doença, caso esta cá chegasse.

Na altura, isto foi motivo de grande alarido. Em toda a parte só se falava disso, íamos todos morrer e tal, o que diga-se de passagem é uma grande chatice. O que é certo é que com essas notícias alarmistas, as pessoas ficaram com medo e muito hábitos foram alterados. Por exemplo, a minha mãe nunca mais comprou frango cá para casa.

Ah as saudades que eu tenho de um belo arroz de frango malandrinho...

Mas hoje, a notícia era diferente. Contava ao telespectador que afinal, a tal estimativa que tinham emitido há uns meses, era baseada em valores da sociedade americana. Resumindo, não tinha qualquer aplicabilidade no nosso país, pois era baseada numa realidade completamente diferente da nossa.

Mas o que é isto!!!

Então se assim era, para quê torna-la pública?

Infelizmente a guerra de audiências tem destas coisas.

E ando aqui eu a morrer de saudades de um belo franguinho para nada.

2006/04/07

Noite serena

Porque te ris?