Homosapiêncial

Nós somos o que pensamos. Muito mais do que imaginamos. Muito mais do que supomos. Mais ainda do que sentimos...

2006/12/29

Marcos do Milénio

Inicialmente pensava escrever sobre o ano que agora termina e os momentos mais importantes para mim. Mas depois dei por mim a pensar nos últimos anos. No facto de nestes anos haver pelo menos um momento que me marcou imenso, em cada um deles. Sendo assim, decidi partilhar com vocês esses momentos. Desde já peço desculpa pelo tamanho do texto, são livres de não o lerem, se assim entenderem.

Comecemos pelo ano da graça de 2000. Após ano e meio de desemprego (e desespero), foi em 2000 que respondi a um anúncio para ir trabalhar para a Petrogal. Passei toda uma série de exames psicotécnicos e psicomotores, uma bateria de entrevistas, exames físicos e finalmente acabei por receber a resposta que há tanto esperava. Tinha sido aceite para um estágio de 6 meses.
Os exames devem ter corrido mesmo bem, porque de 33 escolhidos dos mais de 350 candidatos, apenas eu e mais dois não éramos filhos ou “enteados” de alguém que trabalhava na Petrogal. Foi a 17 de Julho que o estágio começou.

Na sequência, em 17 de Janeiro de 2001 assinei contrato como efectivo da Petrogal. Este foi um dos melhores momentos para mim, neste ano. Hoje em dia é muito difícil conseguir sequer emprego, quanto mais efectivar, mas assim foi e ainda hoje em dia lá trabalho. Espero que assim seja por muitos e muitos anos.
A propósito, apelo a todos que gastem gasolina e gasóleo em enormes quantidades. O petróleo faz bem!!! J

O ano de 2002 foi o do coração! Após algumas experiências que se pode dizer que não correram muito bem, acabei por iniciar nesse ano uma relação com alguém que me ama e que eu amo também e com a qual estou decidido a passar o resto da minha vida.
O equilíbrio sentimental é fundamental, seja para quem for e eu não era excepção. Sentia-me incompleto e esse vazio desapareceu. Este foi sem duvida o que mais me marcou em 2002.

Como não há 2002 sem 2003, falemos um pouco do momento deste ano. Tinha trabalhado durante mais de um ano, para levar a cabo uma peregrinação a Roma com um grupo de jovens a que pertenço. Foram muitas as dificuldades, muitas as chatices mas em Agosto de 2003 fizemos a viagem de carro até Roma. De Roma não guardo muitas recordações, por ser uma cidade que não me disse muito. Se em Roma tivéssemos mesmo de ser romanos, então seriamos parvos, porque aquele povo não deixa saudades. O que nunca esquecerei dessa aventura, foi o dia em que estive na presença do Papa João Paulo II. Um homem marcante. Creio que se sentiu, como nunca a presença de Deus. É impossível descrever por palavras… ou então uso só uma: Marcante.

2004 ficou na minha memoria por um momento, bem diferente do anterior. O F. C. Porto nesse ano rumou a Gelsenkirchen, para a final da Champions. E eu rumei até lá, com o clube do meu coração. Recordo-me perfeitamente do jogo acabar, envolto numa atmosfera de pura euforia, todos em meu redor se abraçavam, independentemente de se conhecerem ou não, mas eu fiquei sentado, no meu lugar, a olhar para o relvado, e a chorar como um puto. Bem sei que os homens não choram e tal, mas acho que devo gostar mesmo muito do F.C.P.

2005 teve também um daqueles momentos Kodak, que é mesmo para mais tarde recordar. Então não é que a banda de eleição cá do Je, decidiu visitar o nosso cantinho à beira mar plantado?!
Pois foi, os U2 estiveram em Alvalade (infelizmente o concerto não foi no Dragão) e eu não podia perder a hipótese de assistir ao vivo a um dos maiores espectáculos à face da terra. Um concerto único, uma experiência de massas, um manjar para os olhos e principalmente para os ouvidos que eu e a minha cara-metade (outra U2dependente) “devoramos” até ao ultimo momento. U2 RULES!!!

2006 traz-me de volta às coisas mundanas, como por exemplo aquilo com que se ganha o pão para a boca.
Após cinco anos de casa, foi-me dada a hipótese de concorrer ao cargo de chefe de turno da minha Área. Candidatos eram muitos e alguns a jogar menos limpo, mas foi assim que acabou por saber melhor a promoção. Tenho imenso orgulho no meu percurso profissional, embora não goste muito de falar sobre isso. O trabalho acaba quando pico o ponto para vir para casa.
Apesar de muito que se passou este ano, de muitas decisões importantes que se fizeram, este foi um dos dois momentos mais marcantes deste ano, empatado com um certo pedido de casamento junto ao Douro, na Ribeira do Porto, no dia de ano novo.

E por causa desse pedido ter sido aceite, quase que aposto que já sei qual vai ser o momento mais marcante de 2007! ;)

Boas entradas para todos e um 2007 em GRANDE!!!

2006/12/24

Um Feliz e Santo Natal para todos

2006/12/21

Carolina Salgado foge para Espanha

2006/12/14

Ora dá cá o pito... Ora toma lá a gancha

Fiquei fascinado ao conhecer uma tradição de Vila Real.

Segundo o que li, todos os anos a 13 de Dezembro, por alturas das festas em honra de Santa Luzia é habitual as moçoilas de Vila Real darem o pito aos rapazes de quem gostam.

Em sinal de agradecimento, os moçoilos retribuem oferecendo às ditas moças a sua "gancha" ou "bengala".

Dizem ser bonito de ouvir nestes dias, perguntas do género:

"-Oh Maria... já deste o pito hoje?" ou então "-Oh Manel... quantos pitos já comeste?"

Mas como estamos numa sociedade evoluída, hoje em dia as relações atingem outros níveis. Uma das moçoilas que aparece na foto, não teve problemas em admitir que não vai dar o pito a nenhum moço. Bem pelo contrário, vai é tentar comer o maior número de pitos possíveis. É assim mesmo!!! Os pitos são tão bons!!! Não a posso criticar por gostar de uma coisa que eu também gosto.

Ora aqui está uma bela duma tradição. Só tenho pena que cá para baixo não exista tal hábito.

Para as mentes mais perversas, resta acrescentar que pitos, neste caso, são aqueles bolos que as moçoilas têm na mão (estão com a mão no pito)

Quanto às ganchas são uma espécie de barra de rebuçado em forma bengala e parece-me que são oferecidas noutra altura do ano, mais concretamente a 3 de Fevereiro na festa em honra de S. Brás.

Estavam a pensar em quê?

2006/12/11

Um Ano!!!

Pois é, o Homosapiêncial está de parabéns porque foi precisamente há um ano atrás que publiquei o primeiro texto.

Não tem sido um ano constante no que diz respeito a novos textos. Têm sido publicados conforme a inspiração, vontade, irritação ou inconformismo aqui do Je.

Visitas têm sido as dos amigos que cá vêm de vez em quando e algumas aparições esporádicas de alguns outros cibernautas.

O balanço é positivo. Nunca quis ser escravo deste espaço e sentir-me forçado a criar só para quem cá vinha. Este espaço existe para me servir e é assim que deve ser.

A todos os que têm contribuido com as suas opiniões o meu muito obrigado e desde já fica a promessa de vos continuar a "chatear" :)

Pelo menos por mais uns tempos. Veremos se para o ano cá estarei.

2006/12/06

Tem faltado... Tranquilidade

2006/12/05

Este ano não vai haver presépio...

...O menino passa todo o tempo na escola.

...O burro foi dar aulas de substituição.

...A vaca foi para o ministério.

...Nossa Senhora e S. José estão a avaliar o burro.

...Os Reis Magos lançaram uma OPA sobre a manjedoura.

...Os camelos estão no governo.

...Os cordeirinhos andam tresmalhados.

...Até a estrelinha de "Belém" perdeu o brilho...

(recebido por mail)

A Roda

Raios de sol

2006/12/04

Olha a promoção fresquinha!!!

Como ando para mudar de casa, hoje fui até Paços de Ferreira porque decorreu lá, durante o fim-de-semana, uma exposição de mobiliário que anunciava preços bastante atractivos.

Em primeiro lugar e em relação aos descontos que anunciavam ir até aos 70% tenho a dizer que de 70% só se fosse o desconto de uma mesa foleira, feita em contraplacado e que já estava à venda há 5 anos. De tão horrível que era, ninguém lhe pegava e deve ter sido assim que surgiram os tais descontos desde 70%. Devia ser o desconto da dita mesa.

Sim, porque não vi lá nada com descontos nem sequer perto desse valor. Alias, a diferença de preços não deveria ser muito grande em relação aos preços normais numa loja de mobiliário, mas tudo bem.

O que de seguida vos vou contar, é que tem contornos de caricato. Diria até de genial se estivéssemos a falar de um sketch dos Gato Fedorento.

Andava eu de stand em stand, à procura dos tais descontos e dou com um espaço, que tinha um vendedor absolutamente fenomenal.

Comecei a olhar para um sofá de canto que até tinha um aspecto interessante. O dito vendedor não esteve com mais nada, qual felino tentando encurralar a sua presa, depressa se aproximou e começou a tentar enrolar. Pese embora, estivesse a meio do processo de deglutição de uma sandes, facto esse que não o impedia de falar.

Primeiro e para ser para mim, juntava ao dito sofá, um tapete horrendo. Tudo pela módica quantia de 900 euros. O engraçado vem a seguir.

Vira-se para mim e diz que por estar na exposição, me “oferecia” o móvel da televisão mas, estranhamente, a “oferta” fazia com que o sofá passasse a custar 1200 euros. Até ao momento, ou pagava 900 euros pelo conjunto sofá + tapete, ou pagava 1200 euros pelo sofá mais o móvel da televisão.

Fiquei a olhar para o gajo com cara de parvo!

Mas ele não se ficou por aqui. Pensando que estava a lidar com um pacóvio, volta à carga.

Em jogo agora estava uma mesa pequena. O gajo pára, põe-se com cara de quem está a pensar, a fazer uns cálculos mentais e propõe que por 1400 euros (!!!!!) podia ficar com o sofá, a mesa pequena e o móvel da televisão. Tudo “oferta” da casa, por estar na exposição!

Lindo foi quando o gajo se senta à minha beira, pára durante uns largos segundos, começa outra vez a fazer cálculos, e lança a seguinte laracha:

- E se eu lhe fizesse o sofá, o móvel para a televisão, a mesa pequena, tudo por 1400 euros? E se estiver bem disposto, ainda lhe ofereço o tapete!

Tive uma vontade enorme de me rir na cara dele. O gajo deve ser parvo!!! Eu ali à espera que ele baixasse o preço, em relação à última “oferta” que tinha feito e a besta volta a propor 1400 euros, acrescentando apenas o tal tapete horrendo.

O animal tentou vender uns móveis antigos de que não se conseguia livrar e ganhar pouco menos do que ganharia se fossem novos. Tudo isto, recorrendo a “técnicas de marketing agressivo” que deve ter aprendido com o pai, que era ladrão.

Para que a informação passe, a dita loja chama-se “Home Mobiliário”. São de Penafiel mas têm novas instalações em Paços de Ferreira. O slogan deles é: “o novo conceito de marca”. Eu diria antes o novo conceito de vendedores de merda.

Se algum dia derem com este espaço, fujam!!! Ou então fiquem para se divertirem um bocado.