Homosapiêncial

Nós somos o que pensamos. Muito mais do que imaginamos. Muito mais do que supomos. Mais ainda do que sentimos...

2006/08/30

Amor Maior

2006/08/27

Salas de Chuto

Como devem saber não se trata de um local onde se joga à bola, nem sequer de um local onde se ouvem alguns dos êxitos dos grandes Xutos e Pontapés. Trata-se sim de um local onde toxicodependentes se deslocam para se injectarem.

Tenho pensado neste tema, nos últimos tempos. Não me interpretem mal, pois considero que o facto de haver um local que possibilite àqueles que sofrem de dependências, terem condições para se injectarem, positivo.

Humanamente todos concordamos que é preferível isso a termos toxicodependentes a injectarem-se em qualquer lugar, sem qualquer tipo de condições de higiene e segurança, partilhando seringas e consequentemente doenças.

Não concordo é com a simplicidade da solução por achar que é pouco, criar apenas espaços de chutos assistidos. Isso não resolve o problema de fundo. Isso não possibilita a nenhum daqueles que caíram nas malhas das drogas, uma hipótese de recuperação. É apenas e só um local para os drogados se irem drogar. Nada mais.

Tenho pensado também se será apenas isso que estes espaços possibilitam. Mas a culpa de eu não saber mais nada e pensar que esta é mais uma solução “simplex” é do governo e da forma como tem discutido esta problemática e a forma como se prepara para fazer a apresentação do projecto.

Acho que estes espaços deveriam ser um local onde os toxicodependentes se poderiam deslocar para iniciarem, passo a passo, uma verdadeira recuperação.

Um local onde profissionais da saúde estivessem disponíveis para tratar deles, onde psicólogos estivessem presentes para conversar e procurar orientar os toxicodependentes.

Um local onde aqueles toxicodependentes que nem têm que comer, pudessem faze-lo.

O facto de este ser um espaço onde eles se pudessem drogar sem se colocarem em perigo, deveria ser o mais pequeno motivo para se criarem as salas de chuto. Embora concorde com o facto de ser positivo criarem-se essas condições, mas apenas enquanto não se conseguia tentar uma recuperação.

O governo tem de se preocupar com a mensagem que passa ao país. Ao criar as salas de chuto, da forma que se prepara para fazer, a mensagem que passa à sociedade é que não há nada a fazer, desiste-se de tentar recuperar estes cidadãos.

Basta criar um espaço para eles se drogarem “à vontade” e está o problema resolvido.

O governo DESISTE assim daquilo que deveria verdadeiramente fazer.

Às vezes Sócrates lembra-nos a todos que o P.S. é um partido de esquerda. Ora cá está mais um caso desses. Pessoalmente não gosto de pessoas que desistem, perante dificuldades. Dão sinal de fraqueza porque optam pela solução mais fácil. É como limpar o pó para baixo do tapete.

2006/08/24

Espiral de paz

De volta ao “picar o ponto”

Diz-se que tudo o que é bom acaba e as férias não são excepção. Não que me possa queixar muito, porque pelo menos tenho um emprego para o qual regressar. Muitos há que infelizmente não têm tal sorte.

Mas que sabe mesmo mal acordar para ir trabalhar, após duas semanas em que acordava apenas e só para praticar o ócio, lá isso sabe.

Tal como tinha dito, fui para S. Pedro de Moel. Fui aconselhado por um amigo que lá tinha estado há uns anos.

Primeira lição aprendida: Em 7 anos as coisas mudam muito. Só assim se entende que a praia calma e pouco frequentada de que me falaram, se tenha transformado num pedaço de areia repleto de “tias” e “tios” de Cascais, que olhavam logo de lado ao ouvir um sotaque nortenho, chavalas da geração “Morangos com Açúcar” vestidas todas da mesma forma, e chavalos com cabelinho à “foda-se” de copo de cerveja na mão, a armarem-se em grandes bebedolas. Nunca sentiram o prazer de saborear um bom vinho, mas julgam ser muito machos e adultos, por andarem a fazer figura de parvos. Não há paciência…

Tirando todas estas aves raras e fazendo um pequeno exercício de imaginação, até consigo compreender o porquê de haver quem gostasse de S. Pedro de Moel. É uma vila pequena com uma série de casas pitorescas e uma praia que, não fossem os “residentes” até era porreira.

Para além disso, estive 3 dias na Foz do Arelho, praia que recomendo vivamente e acabei por decidir terminar as férias com um regresso ao Douro Vinhateiro. Esta alteração de ultima hora deveu-se também ao facto de o tempo ter entristecido nos últimos dias.

E pronto, assim se passaram duas semanas que deram pelo menos para carregar baterias para os próximos tempos.

Agora, é o regresso à rotina do picar o ponto…

2006/08/05

Homosapiêncial has left the building


É verdade, estou de saída, as minhas férias começaram hoje. Ao vir embora do emprego, sentadinho no meu pó-pó, juro que sentia a tensão a abandonar lentamente o meu corpo.

Que bela sensação esta, a de sair do emprego sabendo que nos próximos dias estarei livre da escravidão de picar o ponto. Sabe mesmo MUITO BEM.
Em contraponto com a sensação de regressar ao trabalho. Mas hoje nem quero pensar nisso, nem no facto de estas duas semanas passarem a correr.

Hoje para mim, o copo está meio cheio, não está meio vazio.

Não perguntem para onde vou, porque eu também não sei. Este ano apetece-me ficar por cá. Ouvi falar de S. Pedro de Moel e deve ser para lá que vou carregar baterias.

Só falta um pequeno pormenor, que é o facto de ainda não ter alojamento, mas tirando isso “tá-se”! Acho que vou arriscar ir primeiro e depois conseguir onde pernoitar.

Depois, quando regressar à rotina e se o emprego me der tempo para isso, conto-vos como correu. Se tive onde dormir ou se arrisquei noites passadas ao relento, a levar com a cacimba em cima e a lutar com os lobos.

2006/08/04

Quase férias


No passado fim-de-semana, estive numa espécie de retiro de preparação para as férias que se avizinham. Passei o fim-de-semana, numa das mais belas regiões do nosso querido Portugal, a Região Demarcada do Douro.

Palavras para quê… deliciem-se com a foto apensa do Douro Vinhateiro.

Liiiiiinnnnddoooooo!!!

O Santos da casa, não faz milagres!


«Fernando Santos foi contratado para os próximos dois anos, e irá ficar os dois anos. Não tem de provar nada a ninguém. Sabemos do valor dele. É um grande treinador, mas mais do que isso é um grande homem e um grande benfiquista.»

Estas são as declarações de L. F. Vieira sobre o novo treinador do benfica.

O Homosapiêncial arrisca dizer que Frenando Santos não passa do Natal, enquanto treinador encarnado.

Quem terá razão?

O homem que o contratou?

Ou o Homosapiêncial?

Não percam os próximos capítulos, porque nós também não...